YIARA
HILLEBRAND

O concreto e o efêmero, o material e o espiritual...

Yiara Hillebrand nasceu em Porto Alegre e desde a infância o seu universo sempre se cercara de um mundo artístico bastante significativo, fosse pela música e pela dança, fosse pelos trabalhos realizados por sua mãe, professora, infinitamente criativa e habilidosa na confecção de fantoches com papel machê, bem como inúmeros outros materiais, sempre realizados com muito esmero e cuidado. A artista especializou-se em língua inglesa e, a partir de 1986, passa a atuar nessa área como tradutora e professora em Brasília. É em 2005 que passa a interessar-se profundamente pela arte e seus fundamentos, dedicando-se, com afinco e de forma autodidata, ao desenho, à pintura e à leitura dos grandes mestres.

Seu trabalho figurativo mostra o seu comprometimento com as questões existenciais do ser humano, no qual o pano de fundo quase sempre será composto por elementos referentes à música, aos livros, à dança ou às flores, condutores esses à sensibilidade e à espiritualidade. A presença de contrastes entre o concreto e o efêmero, o material e o espiritual é uma constante e as cidades desempenham um papel fundamental nesse processo criativo.

A artista procura, na transparência de suas aguadas e na constante presença de delicados seres femininos, levar o observador a perceber a sutileza do seu universo interior, contrapondo-se ao cimento estéril representado pelas cidades que o cerca e que o conduz a um caminho de artificialismos, distante da sua inefável busca pela libertação ou elevação do ser. A técnica que utiliza é composta por vários materiais como o pastel, a acrílica e a aquarela, normalmente acompanhados de colagens, constituindo-se estas em uma necessidade de expressão contemporânea. Passeia pelas formas e cores com seu traçado singular, evocando certo toque intelectual, acompanhado este da presença do lírico e do onírico. Ao observarem sua obra, muitos conhecedores do universo artístico sentem-se arremessados ao mundo fantástico e impregnado de magia de Marc Chagall.

Em 2016, a artista passa a se encantar pela impressão e pelas possibilidades oferecidas pelo computador. Assim, movida pela curiosidade e pela necessidade de experimentar novas formas de produzir arte inicia, em 2017, uma nova série de trabalhos. Utiliza, então, algumas de suas pinturas como matriz e agrega-lhes novas formas e cores através da arte digital, descobrindo novos significados dentro do universo pictórico.

Yiara Hillebrand passa a exibir o seu trabalho em 2009, quando se torna parceira da Art Gallery/Artclub, no Brasil, revisando e traduzindo os textos dos artistas participantes do seu anuário de artes. A partir de então, a sua participação em revistas e livros de arte, bem como em exposições coletivas, tanto no Brasil como na Europa, passa a ser uma constante. Nos salões de arte seus trabalhos têm recebido diversas premiações e medalhas de ouro, prata e bronze. Realizou exposições individuais em Brasília e, mais recentemente e de forma virtual, no Brasil e na Europa.

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